Uma Igreja como Filadélfia

Mensagem Pastoral do Boletim de 12 de junho de 2016

É uma alegria inenarrável celebrar mais um aniversário da Igreja Metodista no Butantã! São 34 anos nos quais Deus está gerando uma igreja conhecida pela comunhão e amor sincero, pelos grupos
pequenos que se reúnem nas casas, e pela busca de um avivamento e crescimento saudáveis. Tais características trazem à memória a Igreja de Filadélfia, uma das sete Igrejas do Apocalipse, considerada o referencial para uma Igreja segundo o coração de Deus.

A mais jovem das sete cidades, Filadélfia (Apocalipse 3.7-13) ganhou esse nome por Átalo II, que reinou até 138 a.C. e que amava tanto a seu irmão Eumenes que o apelidou de philadelphos – daí vem o significado: “aquele que ama a seu irmão”. Por volta do ano 90 d.C., a cidade teve que ser reconstruída com ajuda imperial e, em gratidão, foi renomeada para Neocesaréia – a nova cidade de César. Por ocasião de outro imperador, passou a chamar-se Flávia, pois Flávio era o apelido de Vespasiano. Contudo, diante desse contexto cultural, Jesus diz que os vencedores teriam um novo nome: “escreverei nele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu da parte do meu Deus, e também o meu novo nome” (Ap 3.12).

A Igreja teria o nome do Deus eterno gravado, e não o de imperadores circunstanciais. Deus é amor, e o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como Cristo nos amou é a característica essencial de uma igreja segundo o coração de Deus. Principal rota do Correio Imperial de Roma para o Oriente, a cidade estava situada em lugar estratégico, mas sofria com freqüentes tremores de terra que provocaram um êxodo de seus habitantes para um lugar mais seguro. Diversas vezes foi quase completamente destruída, castigada por vários terremotos que assustavam os moradores por sua instabilidade – muitos viviam em tendas fora da cidade, e os que permaneciam tinham suas paredes rachadas. Contudo, diante dos abalos sísmicos iminentes, Jesus diz: “farei do vencedor uma coluna no templo do meu Deus, de onde jamais sairá”. Segurança e estabilidade em meio aos abalos da vida são a promessa àqueles que permanecem firmes na casa do Senhor e perseveram, pois serão
verdadeiras colunas no Santuário do Altíssimo para sempre.

Fundada para ser uma porta aberta de divulgação da cultura helênica e do idioma e filosofia grega na Ásia, Aquele que tem a chave de Davi diz: “Eis que coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode fechar” (Ap 3.8), e Filadélfia passou a disseminar o Evangelho da salvação em Cristo. Jesus parabeniza a fidelidade – “guardou a minha Palavra e não negou o meu nome”, apesar da pouca força que tem por ser pequena, possivelmente. Uma igreja pequena em tamanho, mas grande em fidelidade ao Senhor e à sua Palavra, e era uma igreja amada (Ap 3.9).

“Venho em breve!”, diz o Senhor Jesus, “retenha o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa” (Ap 3.11). Vence aquele cujo caráter denota verdadeiro “amor fraternal”; vence aquele que permanece firme como os montes de Sião mesmo em meio às lutas e tribulações; o que vence tem diante de si uma porta que ninguém pode fechar, porque o Senhor a abriu. Que seja assim nas nossas vidas, como membros dessa igreja que estamos buscando que seja como a Igreja de Filadélfia. Feliz aniversário!

Abraços e bênçãos, Pra. Joyce