Abandonando a maledicência

Mensagem Pastoral do Boletim de 17 de janeiro de 2016

Criamos tantos problemas com a nossa língua! Se a domássemos, a maior parte deles acabaria: “Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda”. (Provérbios 26.20) Uma das consequências mais graves em nossa vida é que a maledicência abre espaço para que o diabo tenha autoridade de ferir nossas vidas. A maledicência é uma brecha, uma legalidade para Satanás nos ferir. Falando de Israel no deserto e que essas coisas nos servem de exemplo, Deus diz: “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor”. (1 Coríntios 10.10)

Tem muito crente sendo ferido pelo diabo. Não porque a proteção de Deus não seja eficaz, mas porque abre brechas com sua própria língua bifurcada. Se você não tem conseguido deter os ataques do diabo contra sua vida, sugiro re-examinar seu comportamento nesta área, pois a probabilidade de falharmos nela é grande! “Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho”. (Salmo 15.1-3) Este texto não só nos revela que para estar na presença do Senhor precisamos vencer este pecado, como também traz um pouco mais de luz sobre este tipo de erro. O texto fala de
dois tipos de pecado da maledicência: ativo e passivo. O que difama com a língua é o ativo, e o passivo é o que ouve. Porque quando você ouve o maldizente (mesmo se você não fala nada) também está pecando por cumplicidade (Lv 19.16,17). Logo, quando emprestamos o ouvido a um maldizente estamos participando do mesmo pecado. E isto nos priva da presença de Deus.

Se você observar Efésios 4.29 que fala sobre não entristecer o Espírito Santo, vai perceber que o versículo anterior e o posterior retratam pecados cometidos com a língua. Logo, se queremos uma vida cheia do Espírito, é preciso corrigir isto. Portanto, evite a maledicência. Você faz isso de duas formas: evitando a maledicência e também evitando o maldizente “E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam, pois alguns, professando-o, se desviaram da fé”. (1 Timóteo 6.20) Assim como o justo não se assenta na roda dos escarnecedores, precisamos também cuidar para que não nos enredemos por este pecado. Mas eu não só evito pecar com minha boca, como também evito pecar cedendo meus ouvidos à maledicência. As Sagradas Escrituras nos ensinam a evitar os maldizentes: “Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão,
for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais”. (1 Coríntios 5.11)

Desta forma, venceremos e continuaremos a crescer no Senhor.

Luciano Subirá